Relatório da PF indica que Ibaneis não foi conivente com invasão de 8/1
O relatório da Polícia Federal sobre os celulares do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), aponta que o emedebista não foi conivente com as invasões das sedes dos Três Poderes e manteve contato durante o dia 8 de janeiro com autoridades locais e federais.
A PF conclui que, “pela análise da mídia disponível, considerando todo exposto, de forma cronológica, a investigação não revelou atos do governador Ibaneis em mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do governo federal ou mesmo de impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão.”
O documento da PF foi disponibilizado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (9/2). O relatório aponta que Ibaneis fez e recebeu um total de 36 ligações telefônicas entre a véspera da invasão, em 7 de janeiro, e a data dos atos terroristas, no dia 8.
Segundo a PF, após às 15h30 do dia 8/1, quando os atos extremistas estavam em andamento, é possível perceber todo o trato que Ibaneis teve diante da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
A partir daquele momento, Ibaneis fez inúmeros contatos com a vice-governadora Celina Leão (PP), com o delegado da PF e então secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Fernando Sousa; com o ministro da Defesa, José Múcio; com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco; e com o ministro da Justiça, Flávio Dino.
O relatório revela troca de mensagens entre Ibaneis e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no dia anterior às invasões. No diálogo, Pacheco diz que a Polícia do Senado está “um tanto apreensiva” pelas notícias de mobilização e invasão ao Congresso.
Ibaneis responde ao senador: “Já estamos mobilizados. Não teremos problemas. Coloquei todas as forças nas ruas”.
Fonte: Metrópoles