Ministro do GSI é cobrado por segurança reduzida no Palácio do Planalto antes de ataque
Pasta chefiada por Gonçalves Dias é responsável por zelar pelos palácios presidenciais
O chefe da Casa Civil, Rui Costa, cobrou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Gonçalves Dias, na segunda-feira, 9, por possíveis falhas de segurança no Palácio do Planalto no dia do ataque de bolsonaristas radicais contra o prédio, que foi depredado e saqueado. O GSI é responsável por zelar pelos palácios presidenciais.
De acordo com relatos de servidores, apesar de a própria Abin ter emitido alertas na véspera do ocorrido, o efetivo de segurança não foi reforçado nem pela equipe do GSI nem pelo Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) — o último é vinculado ao Comando Militar do Planalto.
Somente após a invasão, funcionários do GSI e do BGP foram acionados para ajudar a conter os criminosos, mas em número ainda insuficiente. No ano passado, o GSI superou o número de mil agentes, sendo a maior parte cedida pelas Forças Armadas.
A demora na atuação do Batalhão da Guarda Presidencial também aumenta a pressão sobre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, cobrado por ter minimizado publicamente os atos ocorridos no domingo.
De acordo com servidores, a equipe de segurança que estava no Planalto no domingo estava em esquema de plantão, o que significa um número menor de agentes do que o habitual. A quantidade de pessoas envolvidas na operação não foi informada.
Segundo aliados de Lula, houve incômodo com o fato de o governo não estar com esquema de segurança reforçado em dia de manifestações na Esplanada, o que já estava previsto há semanas. Procurados pela Coluna para comentar, o GSI, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) e a Casa Civil não se manifestaram até o momento.
Com informações do Estadão / Agenda Capital