Especialistas dão dicas para quem quer usar consignado do Auxílio Brasil

Especialistas dão dicas para quem quer usar consignado do Auxílio Brasil

O empréstimo consignado destinado aos beneficiários do Auxílio Brasil, lançado pela Caixa Econômica Federal neste mês, passou a valer na última terça-feira (11/10). O programa destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade social agora pode ser “objeto” de contração dívidas. A Serasa disse ao Metrópoles que “não condena” o empréstimo, mas pede aos cidadão que avaliem outras possibilidades antes de optarem pela modalidade.

O gerente-executivo de Tecnologia da Serasa, Matheus Losi, explica que o empréstimo consignado não deve ser “condenado” nem transformado em um vilão, mas que nesse caso, por ter um auxílio como meio de garantia, há uma preocupação em relação ao endividamento.

“Quem escolhe o consignado precisa ter conhecimento sobre suas finanças para saber o que fará com o dinheiro e como fará. E mais importante, avalie antes se não há outros produtos de crédito que o atendam melhor antes de comprometer o benefício”, disse. “O risco é a pessoa que está em situação de vulnerabilidade tomar o empréstimo, perder o auxílio e ficar com a dívida para pagar”, afirma.

A Caixa limitou o valor do consignado em até 40% do repasse permanente de R$ 400 do Auxílio Brasil – conforme o previsto pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, quando encerra o acréscimo de R$ 200 reais deste ano ao benefício.

Ou seja, aqueles que optarem pelo consignado terão descontados até R$ 160 mensais no valor do benefício, num prazo máximo de 24 meses. Com a taxa de juros de 3,45% ao mês, o valor seria de R$ 165,52. O cidadão então, receberia R$ 234,48. O programa social atinge 21,1 milhões de famílias, das quais 17,2 milhões são chefiadas por mulheres.

O especialista da Serasa foi questionado sobre a possibilidade de fazer o empréstimo para pagar outras dívidas “mais caras”. “Depende, o importante é analisar os números e ver os juros. Fazer as contas entre a dívida que está sem pagamento e o consignado”, declarou.

A educadora financeira Cinthia Siena avalia que utilizar o empréstimo para pagar outra dívida maior não é a melhor solução. “Se a pessoa pensa em pegar o empréstimo do Auxílio para pagar outras dívidas, é melhor não pegar e deixar para renegociar depois. O dinheiro é para o sustento e é temporário. Há a possibilidade de um Feirão Limpa Nome”, afirmou.

Desvio de finalidade

Na terça-feira (18/12), o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediu uma auditoria sobre o empréstimo consignado concedido aos beneficiários do Auxílio Brasil no período eleitoral em detrimento da finalidade do benefício. A medida atinge principalmente o público feminino, grupo do eleitorado no qual Jair Bolsonaro (PL) sofre mais rejeição.

Fonte: Metropoles

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Lairson Bueno

Lairson Rodrigues Bueno, advogado OAB DF 19407, especialista em Direito Penal, atuando na região Centro Oeste, e, estados de São Paulo e Piauí. É formado em Direito pela UCDB - Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande (MS), cursou Estudos Sociais pela UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e, Teologia pela FE - Faculdade Evangélica de Brasília, pós graduado em Direito Penal e Formação Sócio Econômica do Brasil pela UNIVERSO-Universidade Salgado de Oliveira de Niterói (RJ). Mais de 70 cursos de qualificação e atualização profissional. Cursou Espanhol Básico e advogou na fronteira com o Paraguai. Ex-funcionario do Banco do Brasil por 12 anos e de cargos comissionados nas Administrações Públicas por 10 anos. Ex-presidente das Subseções da OAB por 3 mandatos, sendo dois mandatos por Samambaia (DF) e um por Taguatinga (DF). Contatos: (61) 9-8406-8620 advbueno@hotmail.com

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