SES-DF oferece exame que detecta até 70 doenças raras em recém-nascidos

SES-DF oferece exame que detecta até 70 doenças raras em recém-nascidos

Teste do pezinho ampliado deve ser feito no primeiro mês de vida e é gratuito na rede pública. Confira onde buscar esse direito

A filha da técnica de enfermagem Luciana Paes dos Santos, 49 anos, foi diagnosticada com acidemia isovalérica. A pequena Valentina nasceu no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) em março de 2016 e teve a doença, que é grave, diagnosticada pelo teste do pezinho ampliado.

O teste do pezinho ofertado na rede pública do Distrito Federal rastreia até 70 tipos de doenças, o que pode evitar complicações, sequelas e até óbitos. Quando a criança nasce em uma maternidade da rede pública, a coleta do exame ocorre no próprio hospital.

“O teste que ofertamos é até mais completo do que o disponível na rede privada padrão e está disponível de forma gratuita. E ele é referência na América Latina”, ressalta o chefe do Laboratório de Triagem Neonatal da Unidade de Genética do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), Vitor Araújo.

Se o parto foi em hospital particular, o exame pode ser feito com até 30 dias de vida do bebê, mas o ideal é que a coleta seja feita do terceiro ao quinto dia. Para isso, os pais devem levar o recém-nascido a uma unidade básica de saúde (UBS), que estará apta para fazer a coleta e encaminhar o material para o Hospital de Apoio. Caso seja identificada alguma alteração, a equipe faz uma busca ativa para falar com a família e começar o acompanhamento.

No caso da pequena Valentina, que nasceu na rede pública, o diagnóstico precoce foi feito ainda na maternidade. “Entraram em contato conosco pelo telefone nos informando que tinha dado alteração no teste do pezinho e que precisaríamos repetir o exame. Fomos direcionados para o Hospital de Apoio, onde ela foi acompanhada até os 3 anos de idade”, relembra a mãe, Luciana dos Santos.

Caso seja identificada alguma alteração no teste, a equipe da rede pública faz uma busca ativa para falar com a família e começar o acompanhamento

A acidemia isovalérica é uma doença que, se não tratada, pode causar atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e crises convulsivas de difícil controle. E, graças ao teste do pezinho, Valentina pode receber o tratamento adequado.

De acordo com a mãe de Valentina, o tratamento da doença é aparentemente simples. “É feito com dieta com restrição de proteínas, uso de xaropes de aminoácidos e fórmula especial com restrição de leucina”, explica.

A menina segue em tratamento, com acompanhamento a cada seis meses com a equipe de genética e nutrição. Após os 3 anos de idade, o acompanhamento é feito no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

Ampliação do diagnóstico

Há mais de dez anos, as crianças nascidas nos hospitais públicos do DF têm acesso ao teste do pezinho ampliado. Neste tempo, foram feitos mais de 526.481 testes. Para a Referência Técnica Distrital (RTD) colaboradora de Doenças Raras da Secretaria de Saúde, Maria Teresa Alves da Silva Rosa, o teste do pezinho é uma importante medida de saúde pública que detecta doenças tratáveis, assim como garante o desenvolvimento adequado e evita sequelas neurológicas nas crianças.

“Foi feita uma revisão recente na triagem neonatal e foi confirmada a detecção de 70 doenças no teste do pezinho atualmente. Até o fim do ano, vai haver a expansão dessa triagem e o teste do pezinho vai detectar mais de 80 doenças”, adianta.

*Com informações da SES-DF

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Lairson Bueno

Lairson Rodrigues Bueno, advogado OAB DF 19407, especialista em Direito Penal, atuando na região Centro Oeste, e, estados de São Paulo e Piauí. É formado em Direito pela UCDB - Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande (MS), cursou Estudos Sociais pela UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e, Teologia pela FE - Faculdade Evangélica de Brasília, pós graduado em Direito Penal e Formação Sócio Econômica do Brasil pela UNIVERSO-Universidade Salgado de Oliveira de Niterói (RJ). Mais de 70 cursos de qualificação e atualização profissional. Cursou Espanhol Básico e advogou na fronteira com o Paraguai. Ex-funcionario do Banco do Brasil por 12 anos e de cargos comissionados nas Administrações Públicas por 10 anos. Ex-presidente das Subseções da OAB por 3 mandatos, sendo dois mandatos por Samambaia (DF) e um por Taguatinga (DF). Contatos: (61) 9-8406-8620 advbueno@hotmail.com

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