Projeto Brasil.IA: investimento de R$ 13 milhões do GDF leva capacitação digital a Água Quente e outras 27 regiões administrativas

Projeto Brasil.IA: investimento de R$ 13 milhões do GDF leva capacitação digital a Água Quente e outras 27 regiões administrativas

Nesta etapa, as carretas tecnológicas chegam a Água Quente, Santa Maria, Brazlândia e Ceilândia, oferecendo oficinas gratuitas a jovens e adultos que descobrem novas possibilidades profissionais

Com investimento de R$ 13 milhões, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), executa o projeto Brasil.IA, que promove o acesso ao conhecimento digital em diferentes regiões administrativas do DF. Nesta etapa, as carretas tecnológicas do programa atendem simultaneamente Água Quente, Santa Maria, Brazlândia e Ceilândia, oferecendo oficinas gratuitas de Inteligência Artificial, desenvolvimento de games, Internet das Coisas (IoT) e Big Data.

Ao todo, 490 alunos participam neste ciclo de atividades, que tem duração de 20 dias e ocorrem de segunda a sexta-feira, nos turnos da manhã e da tarde. A meta do GDF é ministrar sete ciclos de formação até o fim de 2025, alcançando 28 regiões administrativas. As unidades móveis do projeto são equipadas com computadores, material didático, ar-condicionado, internet de alta velocidade e acessibilidade, garantindo a todos os participantes um ambiente de aprendizado moderno e inclusivo. O custeio do projeto é proveniente da Fonte 100, recursos de livre aplicação que podem ser utilizados para financiar despesas diversas do governo.

490 alunos participam neste ciclo de atividades, que têm duração de 20 dias e ocorrem de segunda a sexta-feira, nos turnos da manhã e da tarde | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

“O Brasil.IA nasceu da necessidade de formar pessoas para um mercado que já é o presente”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Vitorino. “Há empresas de tecnologia em Brasília com dificuldade de contratar porque falta mão de obra qualificada. O projeto busca ser esse elo entre a formação e o setor produtivo, promovendo inclusão e empregabilidade”, acrescenta.

Segundo o secretário, além de aulas práticas e certificação, o programa também faz o encaminhamento de alunos para estágios e vagas de trabalho por meio de parcerias com o setor privado. No entanto, para muitos deles, o impacto é ainda maior: “Alguns alunos nunca tiveram acesso à internet ou a um computador”, lembrou o secretário. “Hoje, eles passam a enxergar novas possibilidades de estudo, de renda e de cidadania.”

“Há empresas de tecnologia em Brasília com dificuldade de contratar porque falta mão de obra qualificada. O projeto busca ser esse elo entre a formação e o setor produtivo, promovendo inclusão e empregabilidade”, explica Rafael Vitorino, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF

Carreta tecnológica em Água Quente

Criada em dezembro de 2022, Água Quente é uma das mais novas regiões administrativas do DF. Na carreta tecnológica posicionada em frente à administração regional, às margens da DF-280, cerca de 100 alunos participam dos cursos. Foi lá que a dona de casa Laísa Léia de Souza Lima, de 28 anos, decidiu acompanhar o filho de 11 anos ao curso — e acabou descobrindo uma nova vocação. “Vim inscrever o meu filho e acabei me inscrevendo também”, conta. “Achei que não fosse conseguir acompanhar, mas o professor explica tudo muito bem, o que facilitou muito. Já consigo gerar imagens e vídeos com IA. É uma coisa que parecia de outro mundo, e agora eu entendo e aplico”, comemora.

Laísa Léia de Souza Lima, de 28 anos, se inscreveu no projeto com o filho

O filho dela, José Daniel, aluno do curso de animação 2D, comenta o aprendizado. “Achei que fosse muito difícil, mas percebi que a animação é pura criatividade. Eu quero ser engenheiro de robótica, e o curso está me ajudando a entender como projetar meus trabalhos no computador antes de fazer na vida real”, explica.

Outro aluno, Daniel Davi Lucena Milhão, também de 11 anos, vem chamando a atenção dos professores e colegas. O estudante descobriu no curso de Inteligência Artificial uma forma de transformar ideias em projetos concretos. “A Inteligência Artificial me ajuda a pensar melhor. Antes eu pesquisava as coisas de qualquer jeito, agora aprendi a fazer perguntas certas. Quando a gente aprende a conversar com a máquina, ela devolve respostas que fazem a gente crescer”, explica o jovem.

Daniel usou o aprendizado do curso para escrever um e-book sobre criptomoedas. “Eu queria entender o que era o Bitcoin. A professora me mostrou como usar a IA para pesquisar e organizar as ideias. Aí pensei: se eu posso aprender assim, outras pessoas também podem. Resolvi escrever um e-book que explicasse de um jeito simples, para quem nunca ouviu falar”, conta.

Daniel usou o aprendizado do curso e criou um e-book sobre criptomoedas

O resultado surpreendeu os colegas. O e-book, feito com ajuda de ferramentas de IA generativa, aborda conceitos básicos de finanças e tecnologia e é usado em sala como exemplo de criatividade aplicada. “Gosto de aprender e ensinar. Acho que esse é o papel da tecnologia: ajudar as pessoas a entender o mundo. Quando a gente entende, a gente cria, e quando cria, muda a realidade”, diz Daniel.

A coordenadora pedagógica Natália Ribeiro Silva disse que Daniel é um caso emblemático. “Ele não só domina o conteúdo, mas também reflete sobre o que aprende. Isso mostra o potencial do projeto: despertar consciência, não apenas habilidade técnica”, comentou.

Para Natália, o impacto social do Brasil.IA vai além da formação técnica. “Temos alunos de 9 a 70 anos. Alguns chegam sem saber ligar um computador e saem criando projetos completos. Ver a superação de cada um é o que torna esse trabalho tão gratificante”, destacou.

Serviço

Nesta etapa, as carretas do Brasil.IA estão instaladas nos seguintes locais:

Água Quente: em frente à administração regional;

Santa Maria: em frente à 33ª delegacia de polícia;

Brazlândia: em frente ao CED 02;

Ceilândia: ao lado da administração regional.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo formulário online neste link. 

Fonte: Ag. Brasilia

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Lairson Bueno

Lairson Rodrigues Bueno, advogado OAB DF 19407, especialista em Direito Penal, atuando na região Centro Oeste, e, estados de São Paulo e Piauí. É formado em Direito pela UCDB - Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande (MS), cursou Estudos Sociais pela UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e, Teologia pela FE - Faculdade Evangélica de Brasília, pós graduado em Direito Penal e Formação Sócio Econômica do Brasil pela UNIVERSO-Universidade Salgado de Oliveira de Niterói (RJ). Mais de 70 cursos de qualificação e atualização profissional. Cursou Espanhol Básico e advogou na fronteira com o Paraguai. Ex-funcionario do Banco do Brasil por 12 anos e de cargos comissionados nas Administrações Públicas por 10 anos. Ex-presidente das Subseções da OAB por 3 mandatos, sendo dois mandatos por Samambaia (DF) e um por Taguatinga (DF). Contatos: (61) 9-8406-8620 advbueno@hotmail.com

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