Chico Vigilante é eleito presidente da CPI dos atos na Esplanada e Hermeto para relatoria

Chico Vigilante é eleito presidente da CPI dos atos na Esplanada e Hermeto para relatoria

“A CPI tem de mostrar os responsáveis por aqueles atos criminosos, quem financiou, por que financiou e o que queriam naquelas datas”, disse Vigilante.

Os sete membros titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito que vão apurar os atos na Esplanada dos Ministérios registrados em Brasília em 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro passado escolheram de forma unânime, nesta terça-feira (7), os nomes que vão comandar os trabalhos. O deputado Chico Vigilante (PT) foi eleito presidente, e a deputada Jaqueline Silva (sem partido), vice. A relatoria ficou com Hermeto (MDB), conforme indicação do presidente.

Essa definição aconteceu após mais uma reunião a portas fechadas, realizada nesta tarde. Na disputa, os dois cargos estratégicos para o andamento das investigações: a presidência e a relatoria. 

Dos sete integrantes da CPI, dois fazem oposição ao governo, e os demais integram a chamada base governista. Minoria, a oposição pleiteava um dos postos-chave argumentando a garantia de representatividade. Os governistas, contudo, também tinham interesse nos cargos.

O desfecho – com um distrital da oposição na presidência da comissão, e o antigo líder do governo na Casa como relator – acomodou os interesses de ambos grupos, e foi considerado pelo presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), como um sinal de “maturidade” do Legislativo local. “Essas disputas têm resultado em união e coesão, mostrando que o diálogo prevalece”, avaliou.

“Passamos por momentos tensos e de muito debate para a definição dessa composição. Sou o presidente formal desta comissão, mas quero contar com todos para os trabalhos. Vamos investigar tudo que pudermos, dentro da legalidade”, disse Vigilante após a eleição. De acordo com ele, o colegiado irá buscar os melhores delegados da Polícia Civil, além de técnicos da Casa, para atuarem nas investigações. 

“A CPI tem de mostrar os responsáveis por aqueles atos criminosos, quem financiou, por que financiou e o que queriam naquelas datas. Quero deixar claro para quem fala que CPI sempre dá em pizza: essa não terminará assim. Não somos pizzaiolos!”, garantiu o presidente do colegiado. 

Um dos nomes que estava sendo cogitado para a presidência da CPI, o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) – que acabou desistindo, também, da cadeira de vice-presidente e indicando a deputada Jaqueline Silva – elogiou o resultado da decisão desta tarde: “A oposição e a base precisam de equilíbrio”. Ele ainda comentou o que espera da comissão: “Nosso objetivo é investigar tudo e todos, para que Brasília nunca mais assista ao que assistimos em 8 de janeiro, mas que preservemos o direito de manifestação”.

Outros membros da CPI também comentaram o desfecho das articulações. “É um resultado positivo pois é um resultado de equilíbrio político. Todo mundo concedeu um pouco, e agora teremos de responder à sociedade”, avaliou o deputado Fábio Felix (Psol).

“Esta CPI tem de chegar à verdade e chegar de forma legítima. Essa composição traz legitimidade e evita questionamentos futuros”, disse o deputado Joaquim Roriz Neto (PL). O distrital adiantou já ter preparado dois requerimentos para convocar o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o extremista Antônio Cláudio Ferreira, que quebrou o relógio de Dom João VI no Palácio do Planalto.

“Consenso sempre é bom. Espero que todos possam, de fato, investigar de forma isenta e imparcial”, comentou Robério Negreiros (PSD).

Entenda

A criação da CPI consta do primeiro requerimento protocolado na Câmara Legislativa em 2023. Seu objetivo é apurar os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília nos dias 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro passado. Ela terá duração de 180 dias, podendo se estender por mais três meses.

Conforme definido pelos blocos e partidos com representação na Casa, integram o colegiado os seguintes distritais: 

Bloco “A Força da Família” (Agir, PP, Avante, Cidadania, PMN)
Jaqueline Silva (Agir) – titular
Paula Belmonte (Cidadania) – suplente

Pastor Daniel de Castro (PP) – titular
Pepa (PP) – suplente 

Bloco “União Democrática” (PSD, União, Republicanos)
Robério Negreiros (PSD) – titular
Martins Machado (Republicanos) – suplente

MDB 
Hermeto (MDB) – titular
Iolando (MDB) – suplente

PL
Joaquim Roriz Neto (PL) – titular 
Roosevelt Vilela (PL) – suplente
 
PT 
Chico Vigilante (PT) – titular
Gabriel Magno (PT) – suplente

PSOL/PSB 
Fábio Felix (PSOL) – titular
Dayse Amarilio (PSB) – suplente.

Com informações da Agência CLDF

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Lairson Bueno

Lairson Rodrigues Bueno, advogado OAB DF 19407, especialista em Direito Penal, atuando na região Centro Oeste, e, estados de São Paulo e Piauí. É formado em Direito pela UCDB - Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande (MS), cursou Estudos Sociais pela UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e, Teologia pela FE - Faculdade Evangélica de Brasília, pós graduado em Direito Penal e Formação Sócio Econômica do Brasil pela UNIVERSO-Universidade Salgado de Oliveira de Niterói (RJ). Mais de 70 cursos de qualificação e atualização profissional. Cursou Espanhol Básico e advogou na fronteira com o Paraguai. Ex-funcionario do Banco do Brasil por 12 anos e de cargos comissionados nas Administrações Públicas por 10 anos. Ex-presidente das Subseções da OAB por 3 mandatos, sendo dois mandatos por Samambaia (DF) e um por Taguatinga (DF). Contatos: (61) 9-8406-8620 advbueno@hotmail.com

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