Presidente do PL sinaliza a Alexandre de Moraes que brigas de Bolsonaro com o Judiciário ‘não são dele’
Otimista com o desempenho do PL na eleição, Valdemar teme que a animosidade de Bolsonaro com a Corte possa motivar retaliações nas contas do partido
Na conversa com Alexandre de Moraes, do TSE, nesta terça (27), Valdemar Costa Neto, presidente do PL, buscou se diferenciar de Jair Bolsonaro. Valdemar confidenciou a aliados que seu objetivo era esclarecer que as brigas de Bolsonaro com o Judiciário “não são dele” e que a empresa contratada pela legenda para fiscalizar a eleição não busca questionar o resultado.
Otimista com o desempenho do PL na eleição, Valdemar teme que a animosidade de Bolsonaro com a Corte possa motivar retaliações nas contas do partido. Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, diz que o PL deve eleger a maior bancada de deputados, mais do que o PT. O PL elegerá no mínimo 63 e o PT, 47 deputados.
O trunfo do partido de Valdemar na Câmara são os chamados puxadores de voto, que elevam a média do partido e arrastam mais eleitos. Se a previsão de concretizar, Valdemar considera que, não importa quem ganhe a eleição presidencial, terá que conversar com ele.
Queiroz prevê, contudo, que o PL não conseguirá preencher todas as vagas em SP, repetindo a maldição do PSL em 2018 – o partido deixou de ocupar 7 vagas porque seus candidatos, individualmente, não alcançaram a votação mínima. Neste ano, ela será de 20% do quociente eleitoral, que em 2018 em SP foi de 301 mil votos. Pelas contas de Valdemar, o PL deve deixar de eleger cinco nomes por restrições financeiras.
Para Queiroz, a reforma de 2021 fará com que as siglas com maior média de votos, como o PL, expulsem candidatos bem votados de siglas menores.
Com informações do Estadão