Moro desiste de disputar o governo e anuncia candidatura ao Senado
Expectativa dos apoiadores é que ele cresça nas pesquisas para senador
O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) anuncia nesta terça-feira (12), em Curitiba, a sua pré-candidatura ao Senado que será confirmada ainda em julho em convenção partidária. Segundo amigos do ex-ministro da Justiça, ele recebeu reiterados pedidos para disputar o governo do Estado, mas pesquisas internas do União Brasil apontam para “viabilidade mais segura” na eleição à vaga paranaense na Câmara Alta.
“Após este anúncio, Moro vai crescer ainda mais nas pesquisas e favorito ao Senado. Mesmo nas pesquisas mais conservadoras, ele já está em empate técnico com o (senador) Álvaro Dias (Podemos)”, disse Fábio Aguayo, um dos coordenadores da pré-campanha do ex-juiz.
Aguayo se refere aos levantamentos recentes do Ipespe, contratado pelo Podemos, e do IRG (Instituto Ricieri Garbelini), divulgados nas duas últimas semanas. No Ipespe, Álvaro tem 31% contra 24% – leve vantagem ao atual senador na ponderação da margem de erro de 3,2%. No IRG, a vantagem do senador é maior – 32% a 22% – com margem de erro de 2,5%. As duas pesquisas estão registradas no TSE.
Rodando o trecho
Moro já está rodando o interior do Paraná e sempre tem explicar a volta ao estado depois do TRE-SP impeir seu domícilio eleitoral em São Paulo. Na última semana esteve em Foz do Iguaçu, Cascavel e outras cidades do oeste. O ex-juiz evita perguntas sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e avaliações do governador Ratinho Junior (PSD).
Mas, ainda nesta segunda-feira, 11, Moro conversou com o pré-candidato César Silvestri Filho (PSDB. Ambos deixaram o Podemos após atritos com Álvaro Dias.
A bandeira de Moro será o combate à corrupção e ao crime organizado. “Tivemos uma reação política enorme por parte dos Três Poderes e não foi possível avançar. Mas a gente conseguiu, por exemplo, combater o crime organizado”, disse em entrevista à Rádio Cultura.
Moro vai disputar o Senado pelo Paraná e a sua mulher, a advogada Rosângela Moro (União Brasil), pretende concorrer à deputada federal por São Paulo, mas enfrentará a discordância do PT que já avisou que questionará seu domicílio eleitoral assim do registro da candidatura.
Com informações do Diário do Poder