Escolha do vice de Ibaneis ainda pode sofrer reviravoltas no tabuleiro eleitoral
Muito se fala sobre a candidatura da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, após ter seu título transferido para o Distrito Federal. Uns afirmam que a ex-ministra deverá mesmo sair candidata ao Senado pelo Republicanos. Outros juram de pé juntos, que Damares vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados e ainda há os que afirmam que ela deverá pleiteiar a vice de Ibaneis. Nos bastidores, o movimento é visto como pressão para Flávia Arruda (PL) ceder a vaga da primeira suplência de sua chapa para o Republicanos.
O que está em jogo
Na realidade, o que está por de trás disso é a disputadíssima vaga a vice-governador na chapa de Ibaneis. Desde 2020, o Republicanos em reunião com sua cúpula tendo a frente o deputado e presidente da legenda Marcos Pereira, tem sinalizado que a vice-governadoria no DF deveria ser dos evangélicos. Só que nesse caso no entendimento dele, o escolhido seria um representante dos Republicanos, partido que é ligado a Igreja Universal do Reino de Deus.
No balão de ensaio, o Republicanos lançaria com “pompas” o nome de Damares para o Senado, para fazer com que a deputada Flávia Arruda pressione Ibaneis e fazer com que ele aceite o vice “evangélico” dos Republicanos.
Um nome que hoje figura como o grande preferido de Ibaneis é o do empresário e ex-governador Paulo Octávio. O empresário tem afirmado em rodas de conversas que pretende disputar uma vaga ao Senado. Na realidade, Octávio quer mesmo ser vice de Ibaneis ou lançar sua esposa, Anna Christina Kubitschek, neta do fundador de Brasília.
Não podemos esquecer que o atual vice-governador Paco Britto (Avante) tem sido fiel escudeiro de Ibaneis, e não tem pretensões de se lançar daqui há 04 anos ao GDF. Paco quer continuar como vice e seu nome tem sido constantemente elogiado pelo governador.
Outros nomes
O lançamento de outras pré-candidaturas ao Senado, tem como pano de fundo, se cacifarem para conseguirem uma suplência ou mesmo fazer bonito na disputa majoritária, para no segundo turno tentar uma negociação com os candidatos ao GDF.
Outro imbróglio que terá que ser resolvido, é a candidatura do pastor Egmar Tavares (Republicanos). O pastor da Assembleia de Deus do Gama tem marcado seu posicionamento para ser o suplente de Flávia Arruda (PL), caso a ex-ministra venha mesmo disputar o Senado. O problema é que a vaga está acertada com o empresário Fernando Marques, dono da União Química, filiado ao PP no DF. Importante ressaltar, que o presidente do Republicanos no DF, Wanderley Tavares, é irmão do pastor Egmar Tavares.
O governador Ibaneis Rocha tem afirmado em suas entrevistas que a escolha do vice em sua chapa será mais para frente, ou seja, no limite do que a legislação permite.
Pode haver surpresas? A resposta é sim. Na realidade, esta eleição está sendo jogada como um jogo de xadrez. Cada um esperando a movimentação do outro. A escolha do vice tanto de Ibaneis como de outros pré-candidatos ao GDF pode sim passar por um evangélico, porém de um nome que realmente represente o segmento. Os pré-candidatos ao GDF com certeza sabem disso.
Da Redação do Agenda Capital