Flávia Arruda pode trair Ibaneis e se candidatar ao GDF em 2022
Os rumores de que a ministra e deputada Flávia Arruda, do PL-DF, está se distanciando do governador Ibaneis Rocha, do MDB, com a intenção de disputar o GDF em 2022 estão cada vez mais fortes e o evento realizado pelo governo federal na última sexta (1º), no Palácio do Planalto, só veio a confirmar o tititi de bastidores. Fontes palacianas disseram a este colunista que Ibaneis não foi convidado para a solenidade.
Na ocasião, o governo Bolsonaro apresentou as ações realizadas no DF no decorrer dos 1000 dias e coube à ministra, que assumiu o cargo apenas neste ano, enumerar as obras e benfeitorias que contam com recursos do governo federal. Flávia deu a entender que quem está realizando as grandes obras e construindo moradias no DF é Jair Bolsonaro e não Ibaneis Rocha.
GDF com apoio do Planalto
Nos bastidores, muitos líderes partidários e políticos comentam que Flávia Arruda quer sair candidata ao GDF no próximo ano com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O grupo político do presidente na capital federal não tem um nome forte e com boa aceitação perante à opinião pública para entrar na disputa pelo cargo. Foi aí que o grupo da ministra, liderado pelo ex-governador José Roberto Arruda, do PL, vislumbrou a possibilidade de ser ela a tão sonhada “candidata de peso”.
Quebra de acordo
Já não era segredo para ninguém que Ibaneis e Flávia haviam selado uma aliança para 2022. Flávia Arruda e seu grupo chegaram a espalhar pela cidade que apoiariam à reeleição do governador e ela seria a sua candidata ao Senado. Esse acordo está valendo até então, mas depois dessa sinalização de possível traição é capaz que as coisas mudem.
Segundo fontes do Buriti, Ibaneis ainda vê a deputada como aliada e cumpriu todos os acordos firmados com seu grupo. O pessoal só não está entendendo o porquê de toda essa movimentação dos Arrudas.
Falta o PL decidir seu lado
No entanto, esse desejo do grupo liderado pela ministra Flávia Arruda em querer que ela seja candidata ao GDF depende de como vai ficar o acordo do seu partido, o PL, em relação a disputa presidencial. Nesta semana, o ex-presidente Lula estará em Brasília para conversar com líderes de partidos e está previsto um encontro entre ele e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Palanque para Lula
Se eles se acertarem por lá, Flávia terá dificuldades para concretizar o seu plano e ainda terá que dar palanque para o petista caso queira continuar no partido. Já pensou? Lula e Arruda no mesmo palco. Vai ser histórico.
Pré-candidatura de Guilherme Campelo conquista advogados cansados da “Velha Ordem”
As eleições da OAB/DF sempre foram muito acirradas e polarizadas entre dois grupos. Neste ano, surgiu uma terceira via encabeçada pelo advogado tributarista Guilherme Campelo que está dando o que falar e já preocupa os candidatos que representam a “Velha Ordem”.
Em franco crescimento
Guilherme tem conquistado o apoio de seus colegas numa escala surpreendente e a mobilização entre os próprios advogados para não deixar que um dos dois grupos que se revezam no comando da Ordem a quase 18 anos está crescendo. Com isso, Campelo passou a ser uma ameaça aos interesses da atual gestão e do grupo que já esteve lá.
Redução e transparência dos gastos
Entre as propostas de Guilherme Campelo que vem conquistando o apoio da categoria destacam-se a redução da taxa de anuidade pela metade e a transparência na divulgação dos gastos realizados pela OAB/DF. As despesas da Ordem são uma grande caixa preta.
Autonomia para as subseções
Além dessas propostas, Guilherme quer fazer uma gestão que dê autonomia para as 13 subseções da entidade espalhadas pelo DF e que hoje se veem completamente distante do comando da entidade.
Chamaram o Grego
Já a pré-candidata Thais Riedel decidiu partir para o tudo ou nada. Nesta semana, a advogada contratou o empresário e também advogado Lucas Kontoyanis para assumir a coordenação de sua campanha. A professora do UniCeub teve uma boa largada na corrida pela presidência da OAB/DF, mas estagnou e agora quer tentar dar uma guinada para cima. Como ela representa um dos lados que já comandou a Ordem, sabe que a rejeição está alta.
E mesmo assim pode perder
A esperança de Thais é que o Grego, como Lucas também é conhecido, opere a virada de chave. No passado, Lucas Kontoyanis coordenou a campanha vitoriosa de um outro advogado do grupo de Thais, no entanto, dessa vez, o Grego pode ser derrotado.
Distrital anda prometendo demais
A população de Brazlândia não anda nada satisfeita com o deputado Iolando, do PSC. Recentemente, o distrital andou divulgando na cidade que a Codhab iria abrir as inscrições para novos cadastros e que na região seriam erguidas 10 mil unidades habitacionais a pedido dele. Até hoje os moradores da pacata Brazlândia estão aguardando a Codhab abrir o cadastro e o projeto habitacional divulgado pelo deputado não consta nos planos do GDF.
O sentimento na cidade é que depois de eleito, o deputado Iolando já não é mais o mesmo e esqueceu de sua gente. A fofoca atual em Brazlândia é que o distrital não mora mais na cidade e que apenas mantém uma residência por lá para não levantar suspeitas.
Marli Rodrigues na CLDF
Estimulada pelo governador Ibaneis a se candidatar a deputada distrital, Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde-DF, está sendo cortejada por diversos partidos para se filiar. Marli exerce uma forte liderança entre os servidores da saúde, até mesmo entre os que não são representados por ela gostam do seu trabalho.
No passado, a dirigente enfrentou o governo Rollemberg denunciando um esquema de corrupção e exigindo o cumprimento dos direitos negados aos servidores da saúde, ao contrário do que é hoje no governo Ibaneis. A líder sindical exerceu uma luta importante contribuindo para sacar Rodrigo Rollemberg do poder nas eleições de 2018. Marli Rodrigues mostrou porque tem moral com os servidores.
Como o pessoal da saúde anda reclamando que atualmente não tem representante na CLDF, essa é uma boa oportunidade para Marli mostrar como se faz no parlamento distrital.
Partidos de esquerda protestaram contra Bolsonaro
No sábado, dia 2 de outubro, os partidos de esquerda organizaram protestos em todo o Brasil contra o governo Bolsonaro. Aqui no DF, a mobilização contou com representantes de vários partidos da corrente política como o presidente do PT-DF, Jacy Afonso, a deputada Érika Kokay (PT), o ex-deputado Geraldo Magela (PT), a distrital Arlete Sampaio (PT), o distrital Fábio Félix (PSOL), entre outros líderes partidários.
Reguffe não foi
Uma das ausências mais comentadas entre os esquerdistas foi a do senador Reguffe, do Podemos. O parlamentar sempre foi muito ligado à esquerda e a sua participação era esperada. No entanto, Reguffe anda distante do pessoal e muitos questionam se realmente ele é contra o governo Bolsonaro ou se o apoia por debaixo dos panos. O seu partido, o Podemos, se define como independente. Talvez seja por isso que o senador fique em cima do muro.
Via: expressao brasiliense