Moradora de Águas Claras relata ameaça por pessoa em situação de rua.
“Um desabafo sobre insegurança. Costumo comprar no supermercado BelaVia, mas ultimamente me senti intimidada por homens que ficam pedindo na porta do mercado, me questionando o porquê não posso comprar um refrigerante pra eles, mas compro cerveja, em tom de ameaça. Olha só, não me sinto nada confortável em andar sozinha por lá. Alguém mais já passou por isso naquelas redondezas?
Eu evito ir sozinha lá”
Esse desabafo feito no grupo da AMAAC no Facebook nos faz refletir sobre a realidade vivida nas ruas de Águas Claras, nos semáforos, nas quadras e praças, sempre tem “moradores de rua”
Sabemos que a pandemia agravou esse problema e que muitas vezes a pessoa em situação de rua não quer sair dali pois recebe muito mais ajuda na rua do que se fosse para um abrigo.
Há cerca de um ano atrás a administração de Águas Claras montou uma força-tarefa para mapear os locais de concentração dessas pessoas e tentando entender o motivo que fazia aquelas pessoas buscarem Águas Claras, chegaram a conclusão que isso estaria ligado ao alto índice de doações diretas.
Logo solicitamos que as pessoas busquem formas eficazes de fazer essa doação, sendo elas entreguem a instituições qualificadas para atender essas famílias. De outra forma a “esmola” acaba sendo um incentivo para que ela continue na rua e isso vai refletir na segurança da cidade.
Como orientar
Saiba como informar sobre gratuidade na alimentação, doação consciente, atendimento sócio assistencial e acolhimento institucional.
Você sabia que pessoas em situação de rua não pagam para almoçar em qualquer dos 14 restaurantes comunitários do Distrito Federal, que existem pelo menos 70 modalidades de acolhimento institucional espalhadas pelas regiões e que os as 11 unidades do Centro de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) são destinadas a atender esse público?
Enfim, além da doação, que precisa sempre ser feita de maneira consciente e voluntária, o cidadão pode ajudar de outras formas as pessoas em situação de rua. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, mais que um ato solidário, trata-se de dar dignidade e cidadania a essa população.
O acolhimento institucional, por exemplo, trabalha com possibilidades para os mais diversos públicos, como crianças, idosos, famílias e pessoas LGBTQIA+, entre outros. “No entanto, sempre destacamos que não há abrigamento compulsório”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Não se retira ninguém da rua contra a vontade da pessoa. Fazemos um trabalho de abordagem social, apresentação e oferta de serviço e, principalmente, garantia de direitos”.
Por fim, a recomendação acerca de doações é que sejam feitas em entidades – como aquelas inscritas no Conselho de Assistência Social (CAS). Autoridades ressaltam que a doação de esmolas nas ruas, principalmente a crianças, mantém essas pessoas em situação de risco, sujeitas a intempéries como sol excessivo e chuva, bem como expostas à ação de criminosos.
Fonte: DF Aguas claras