Deputados Distritais divergem sobre criação de nova administração regional da Ponte Alta
Na opinião do deputado Agaciel Maia, “já está comprovando que todas as áreas que ganharam uma administração própria se desenvolveram”, disse
Os deputados Agaciel Maia (PL) e Arlete Sampaio (PT) divergiram na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta quarta-feira (31) sobre a criação de uma nova administração regional. Agaciel Maia pediu apoio e urgência dos colegas para a votação de projeto de lei, do Executivo, que cria a administração regional da Ponte Alta, com Casa Grande, Monjolo e Olhos D’água. Já Arlete Sampaio afirmou que é contra a criação de novas administrações e pediu um debate mais aprofundado sobre o assunto.
Maia argumentou que a proposta orçamentária para 2023 chegará à CLDF no dia 15 e, caso a criação seja aprovada, o futuro Orçamento poderá já contemplar os recursos para fazer o asfalto naquela região. Na opinião do distrital, “já está comprovando que todas as áreas que ganharam uma administração própria se desenvolveram”. Atualmente, existem 33 administrações regionais no DF. “A administração fica mais próxima das demandas do cidadão e além disso o Orçamento pode contemplar recursos diretamente para aquela região”, defendeu.
Por outro lado, Arlete Sampaio acha que a Câmara deve tratar do tema com mais seriedade. “É uma festa de criação de administrações e nomeações de cargos. 95 por cento do orçamento de uma administração é só para pagar pessoal. Quem atua de verdade são empresas terceirizadas. Sou contra criar novas administrações para nomear cabos eleitorais”, assinalou ela, acrescentado que “melhor seria menos administrações, com maior capacidade de atuação e estrutura”.
Carreira de Políticas Públicas
Também na sessão ordinária desta terça-feira, o deputado João Cardoso (Avante) falou sobre a carreira de Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE), que passou por reformulação recentemente. De acordo com ele, a secretaria de Economia analisa agora três pontos importantes para a carreira: a possibilidade de remoção dos integrantes, redução do interstício da tabela de remuneração de 30 etapas para 20, e a inclusão nas tabelas da gratificação de titulação a partir de graduações. O distrital cobrou ainda a nomeação de aprovados em concurso público na área de educação para os cargos de secretário escolar, monitoria e apoio administrativo.
Falta de estrutura
O deputado Fábio Felix (Psol) aproveitou a sessão para cobrar mais atenção do poder público para comunidades carentes. Ele relatou visita que fez à comunidade do bairro de Fátima, em Planaltina, onde os moradores estão há 40 anos sem estrutura mínima, nem aparelhamento do Estado. Para ele, falta o olhar do poder público para aquela área. “As pessoas destas áreas têm toda razão em não acreditar no poder público, pois estão há anos sem a presença do Estado. Uma situação grave que se repete em outros bairros que não contam sequer com uma estrutura mínima. Esses moradores e moradoras pedem socorro”, completou.
Com informações da Agência CLDF