Flávia Arruda mantém candidatura ao Senado mas não vai divulgar nota
“Além disso”, diz, “com uma grande quantidade de escândalos, não tem nada que envolva o senador Reguffe.”
De São Paulo, a ex-ministra e hoje deputada Flávia Arruda avisou que mantém sua candidatura ao Senado, nos termos já negociados, mas que não pretende divulgar nota contestando as especulações sobre uma eventual aventura rumo ao Buriti. “Se fosse divulgar nota a cada caso, passaria todo o meu tempo nisso”, disse
A questão é que as informações sobre uma mexida no tabuleiro devem continuar. Há muitos grupos de interesse nisso, inclusive próximos a ela, e a insistência eleitoral da também ex-ministra Damares Alves, que transferiu seu título para o Distrito Federal, reforça eventuais incertezas. Damares pode disputar o Senado ou Câmara dos Deputados.
Palanque para Bolsonaro
O desafio trazido por Damares, com o título brasiliense e a filiação ao Republicanos, partido da base do governador Ibaneis Rocha, é a intenção de criar um palanque para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro no Distrito Federal. Para isso, o governador Ibaneis Rocha já tem uma resposta pronta: “Jair Bolsonaro terá palanque em Brasília, inclusive porque os partidos que o apoiam estão todos em minha base”.
O governador do DF diz que hoje apoia a candidatura da senadora Simone Tebet, de seu MDB, mas lembra que sua reeleição com Bolsonaro, apesar de desencontros durante o enfrentamento da pandemia, sempre foi respeitosa. E o partido não será problema. “O MDB”, diz Ibaneis, “sempre foi uma federação partidária e continua sendo, com figuras importantes apoiando Lula, outras com Simone Tebet e outras, enfim, com Bolsonaro”. Ibaneis ressaltou ainda que Flávia Arruda já é candidata ao Senado na mesma chapa, com apoio integral dos partidos que a integram.
Opção pelo Senado
Candidato ao Senado em 2018, quando ultrapassou os 200 mil votos, o advogado Paulo Roque admite que sofre pressão muito grande dentro do seu partido, o Novo, para que ser candidato ao governo do Distrito Federal. Essa, porém, não é sua opção: “estou aprovado pelo próprio Novo como pré-candidato ao Senado e, dependendo das circunstâncias, “posso dizer que uma candidatura minha ao Senado ou ao Governo pode surpreender”, avalia. Para isso ele se apoia em pesquisas qualitativas que identificaram “correntes, em Brasília, de pessoas sintonizadas com o perfil do Novo, com meu perfil”.
Apoio a Reguffe
Paulo Roque revela que existe no Partido Novo uma disposição para apoiar a candidatura ao Buriti do senador José Antônio Reguffe, hoje no União Brasil. Na opinião de Paulo Roque, entretanto, Reguffe está perdendo muito tempo ao não se definir de uma vez como candidato a governador. Afinal, segundo ele, há muita gente no Distrito Federal que preserva os valores de Reguffe e que são “os valores que o nosso Partido sempre defendeu”. Acredita ainda que será possível mostrar ao eleitor, durante a campanha, que não apenas Reguffe produziu muito como senador, como conseguiu evitar uma enormidade de crises nos últimos oito anos. “Além disso”, diz, “com uma grande quantidade de escândalos, não tem nada que envolva o senador Reguffe.”
Com JBr